O pior de tudo, além dessa monotona de doces e salgados, era que sempre a discusão acabava em vias de fato. Fuman, utilizando a mão esquerda do corpo único, espancava a cabeça de Siman; este, por sua vez, utilizando da mão direita do corpo único, espancava a cabeça de Fuman.
Meu avô, cansado daquele ritual, criou o chamado pão da fraternidade, um pão que era metade doce e metade salgado. Quando no outro dia, Fuman e Siman começaram com a lenga-lenga, meu avô interveio e apresentou aos dois o pão da fraternidade. Fuman olhou para Siman, Siman olhou para Fuman e quem se fú foi meu avô: os dois nunca mais voltaram a padaria.
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